«Eis o Cordeiro de Deus»

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787)bispo, doutor da Igreja
1.ª meditação para a Oitava do Natal

«Ando errante, como ovelha perdida; vem à procura do teu servo» (Sl 118,176). Senhor, eu sou a pobre ovelha que se perdeu quando corria atrás da satisfação dos seus gostos e dos seus caprichos. Mas Tu, que és Pastor e Cordeiro, desceste do Céu para me salvar, imolando-Te na cruz como vítima em expiação pelos meus pecados: «Eis o Cordeiro de Deus». Assim, pois, se quiser corrigir-me, nada tenho a temer. […] «Deus é o meu Salvador, tenho confiança e nada temo» (Is 12,2). Tu entregaste-Te a mim e não podias dar-me maior prova da tua misericórdia. Querido Menino! Tenho tanta pena de Te ter ofendido! Fiz-Te chorar no estábulo de Belém! Mas sei que vieste procurar-me. Por isso, lanço-me a teus pés e, a despeito da pobreza e da humilhação em que Te vejo nesse presépio e sobre essa palha, reconheço-Te como meu Rei e meu soberano Senhor. Compreendo o sentido das tuas doces lágrimas, que me convidam a amar-Te e me pedem o coração. Ei-lo aqui, meu Jesus, estou hoje a teus pés para To oferecer. Muda-o, abrasa-o, porque desceste do Céu para abrasar os corações com o teu santo amor. Oiço-Te dizer-me desse presépio: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração» (Mt 22,37; Dt 6,5); e respondo-Te: «Meu Jesus, se não Te amar a Ti, meu Senhor e meu Deus, a quem amarei?».

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