«As nossas lâmpadas estão a apagar-se»

Não me tornei prudente […] como as cinco virgens prudentes; não adquiri o bem fácil através do difícil. Mas tornei-me o último dos insensatos por não guardar azeite para a minha lâmpada, quer dizer, a misericórdia com a virgindade, melhor ainda, a unção da sagrada fonte do batismo. […] Foi por isso que a porta da sala de núpcias se fechou também para mim, na minha negligência. Neste mundo, porém, enquanto tenho corpo, escuta, ó meu Esposo, a tua esposa alma […] que desde agora te grita com lamentosa voz: «Abre-me a porta celeste que é tua, conduz-me no céu aos teus aposentos nupciais, torna-me digna do teu beijo santo, do teu abraço puro e imaculado. E que nunca venha a tua voz dizer-me que não me conhece, mas queira a tua luz inflamar-me o espírito, o estandarte extinto que não vejo!»

São Narsés Snorhali (1102-1173) patriarca arménio – Jesus, Filho único do Pai, §688-693; SC 203

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