«Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem»

São Máximo de Turim (?-c. 420)bispo
Sermão 53, sobre o Salmo 117. Homilia sobre o Salmo 14.

Esse dia que o Senhor fez (cf Sl 117,24) tudo penetra, tudo contém, tudo abarca: o céu, a terra e o inferno! […] E que dia é este, senão Cristo, do qual diz o profeta: «Um dia passa ao outro esta mensagem» (Sl 18,3). Sim, este dia é o Filho, a quem o Pai, que também está unido à luz do dia, enuncia o segredo da sua divindade. É Ele esse dia que diz pela voz do sábio: «Irradiarei a ciência como a aurora, farei que ela brilhe bem longe» (Si 24,32). […] Assim, a luz de Cristo irradia para sempre, sem que as trevas do pecado possam extingui-la. «A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam» (Jo 1,5). À ressurreição de Cristo, todos os elementos são glorificados; estou certo de que, nesse dia, o sol brilhou com nova luminosidade. E não haveria de entrar na alegria da ressurreição aquele que se tinha entristecido com a morte de Cristo (cf Mt 27,45)? […] Qual servo fiel, anulou-se para acompanhar a Cristo ao túmulo; pois hoje deve resplandecer para saudar a ressurreição. […] Irmãos, alegremo-nos neste santo dia, e que ninguém deixe de se juntar à alegria comum por se lembrar dos seus pecados! Que ninguém desespere do perdão. Espera-nos um favor imenso. Se, na cruz, o Senhor teve piedade de um ladrão […], de que benefícios nos não cumulará a glória da sua ressurreição!

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