A fé do grão e a força da levedura
São Narsés Snorhali (1102-1173) patriarca arménio
«Jesus, Filho único do Pai», 2.ª parte, §§ 477-482; SC 203
Não recebi na alma
a fé do pequeno grão de mostarda,
imagem do Reino,
para que as montanhas da maldade fossem movidas.
Nem pousei, como as aves do céu,
nos ramos do preceito,
onde repousam as almas puras,
herdeiras do santo tabernáculo do céu […].
Tornei-me fermento velho, perdi a força,
não sou o fermento que leveda da parábola,
o fermento que a mulher escondeu na massa,
como a Igreja, o teu mistério.
Porque este fermento veio de Ti;
graças a ele, os coros do Alto foram avisados;
e quando à nossa massa, nascida de Adão,
ele foi intimamente unido, tudo levedou.
Só eu estou privado, em ambos os casos,
da luz inefável da Sabedoria;
digna-Te permitir que eu volte a participar dela,
devolve-me aquilo que perdi.