A confiança filial

Beato Columba Marmion, Abade
A união a Deus em Cristo nas cartas de direção espiritual de Dom Marmion

A consideração que faz das suas faltas é inteiramente verdadeira: as faltas que têm origem na nossa fragilidade, e que são realmente detestadas, não impedem que Deus nos ame. Pelo contrário, suscitam a sua compaixão: «Como um pai se compadece dos filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem, […] Ele não Se esquece de que somos pó da terra» (Sl 102,13.14).

A grande devoção de São Paulo consistia em que se apresentar diante do Pai celeste com todas as suas enfermidades; e, como se considerou sempre um membro de Cristo, tais enfermidades eram as do próprio Cristo: «Prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo» (2Cor 12,9). Esforce-se portanto por se encher deste espírito de confiança de menino para com Deus.

Parece-me que, quanto mais intimamente unido me encontro ao nosso divino Senhor, mais Ele me atrai a seu Pai – e mais me quer encher do seu espírito filial. É este o espírito da Nova Lei: «Vós não recebestes um Espírito que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adotivos. É por Ele que clamamos: “Abbá, ó Pai!”» (Rom 8,15)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *