A oração do filho pródigo

São Narsés Snorhali (1102-1173) patriarca arménio
Primeira parte, §§ 19-25 ; SC 203

Peço-Te agora, e peço-Te com ele:
«Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho,
mas trata-me como um dos teus trabalhadores».

Torna-me digno do beijo puro
e santo de Pai tão bom.
Sob o teto da sala das núpcias
recebe-me de novo.
e volta a revestir-me
com o primeiro manto
aquele que os ladrões me levaram,
qual ornamento para a Noiva adornada.

Deixa-me usar na mão direita
o anel real,
sinal de autoridade,
para que não mais me vire para a esquerda.
E como proteção contra a Serpente
dá sapatos a meus pés
para que não se firam a escuridão,
mas lhe esmaguem a cabeça.

Faz-me comungar de novo
da imolação do vitelo gordo,
que é o sacrifício na cruz,
e do sangue do lado da lança,
do qual flui a corrente da vida,
segundo a parábola do filho pródigo,
para comer o pão que dá vida,
para beber o teu cálice celestial.

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